Economia

Taxas de juros devem ser mais altas por mais tempo, diz diretor do Banco Central

O diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen, avaliou nesta quinta-feira (27) que a taxa básica de juros da economia brasileira, fixada pelo Comitê de Política Monetária (Copom), deve permanecer elevada por mais tempo.

Por Agora Caiua

27/03/2025 às 12:37:39 - Atualizado há
Foto: O Globo
O diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen, avaliou nesta quinta-feira (27) que a taxa básica de juros da economia brasileira, fixada pelo Comitê de Política Monetária (Copom), deve permanecer elevada por mais tempo.

Segundo ele, isso acontece porque as projeções de inflação do próprio BC estão acima da meta central, de 3%, durante todo chamado "horizonte relevante" da política de juros, ou seja, de seis a 18 meses.

De acordo com as projeções do Banco Central, a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), devem continuar acima do teto de 4,5% até o fim deste ano, e acima da meta central de 3% até meados de 2027.

Atualmente, a taxa básica de juros está em 14,25% ao ano, após cinco altas seguidas, patamar semelhante ao de 2015 em 2016, durante o governo da presidente Dilma Rousseff.

E o Banco Central indicou que a taxa deverá ter novo aumento em maio deste ano, mas em ritmo menor do que 1 ponto percentual.

Sistema de metas

Para definir os juros, a instituição atua com base no sistema de metas. Se as projeções estão em linha com as metas, é possível baixar os juros. Se estão acima, a tendência é de manutenção ou alta da Selic.

Desde o início de 2025, com o início do sistema de meta contínua, o objetivo de 3% e será considerado cumprido se a inflação oscilar entre 1,5% e 4,5%.

Ao definir a taxa de juros, o BC olha para o futuro, ou seja, para as projeções de inflação, e não para a variação corrente dos preços, ou seja, dos últimos meses.

Isso ocorre porque as mudanças na taxa Selic demoram de seis a 18 meses para ter impacto pleno na economia. Esse é o chamado "horizonte relevante" da política de juros.

Neste momento, por exemplo, a instituição já está mirando na meta considerando o segundo semestre de 2026.

Para 2025, 2026, 2027 e 2028, a projeção do mercado para a inflação oficial está em 5,68% (com estouro da meta), 4,40%, 4% e em 3,75%.
Fonte: G1
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