Faturas devem ficar 3,5% mais caras, na média – percentual abaixo das projeções de IPCA (5,6%) e IGP-M (5,15%). O reajuste das tarifas que compõem a conta de luz dos brasileiros deve ficar abaixo da inflação média projetada para 2025, estima a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Segundo o documento, as contas de luz em todo o país devem ficar, em média, 3,5% mais caras em 2025.
O percentual é inferior às estimativas oficiais para o IPCA (5,6% no ano) e para o IGP-M (5,1%) – os dois principais índices de inflação que guiam a economia brasileira.
A previsão foi divulgada nesta segunda-feira (7) em um novo boletim criado pela agência, chamado "InfoTarifa".
"Nosso objetivo é proporcionar à sociedade previsibilidade e transparência quanto aos impactos no cálculo das tarifas, e a ideia é atualizar esse panorama trimestralmente, à medida que os reajustes das distribuidoras forem deliberados", diz o diretor-geral da Aneel, Sandoval Feitosa, em material divulgado pela agência.
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Bandeira verde e bônus de Itaipu
Desde o começo do ano, pelo menos duas boas notícias aliviaram o impacto da inflação na conta de luz dos brasileiros:
o bônus de Itaipu – saldo positivo na conta da usina Brasil-Paraguai que é revertido para o país – de R$ 1,3 bilhão, que abateu parte das contas de 78 milhões de casas que consomem até 350 kWh por mês;
a bandeira verde nas contas de energia de janeiro a abril – indicando que os reservatórios das hidrelétricas têm bons estoques e não é preciso aplicar um custo extra para frear o consumo.