Um casal do Rio de Janeiro está desaparecido desde domingo 20 na região do Atacama, no Chile.
Um casal do Rio de Janeiro está desaparecido desde domingo 20 na região do Atacama, no Chile. Aurora da Silva Rodrigues, de 59 anos, e Eraldo Rodrigues, de 60 anos, saíram de carro de Resende (RJ) destino a Copiapó, no norte chileno.
Segundo familiares, o casal é experiente em viagens e nunca deixaria de se comunicar sem um motivo importante. O Itamaraty confirmou ao jornal O Globo que tem conhecimento do caso e está em contato com as autoridades locais e com os parentes dos brasileiros.
"Foi uma viagem a passeio", disse ao jornal a nora do casal, Cintia. "Eles saíram de Resende com a intenção de atravessar a Argentina, o Chile e depois retornar ao Brasil de carro. Eles passaram na fronteira com a Argentina no dia 14, pela fronteira de Jama, e chegaram a Copiacó. A última informação que tivemos foi no dia 18, quando eles chegaram a Copiacó."
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Conforme relatos da família, Aurora e Eraldo mantinham contato diário por meio de um grupo, em que compartilhavam fotos, localizações e planos de viagem.
No domingo, Cintia e Raphael, filhos de Aurora e Eraldo, enviaram uma mensagem de bom dia, mas não tiveram retorno.
"Conseguimos acessar o computador da minha sogra e a última localização foi em Copiacó, no hotel em que eles dormiram, mas há o registro de saída no domingo de manhã", disse Cintia. "Eles viajam bastante, fazem isso há anos, não foi uma situação nova para eles. Meu sogro é bem experiente, se preocupa muito com a segurança na viagem."
Inicialmente, a família não se preocupou devido à falta de sinal em algumas áreas da rota. Com o passar do tempo, os filhos perceberam que algo estava errado. Por isso, acionaram as autoridades e viajaram para o Chile para fazer buscas por conta própria.
"Na terça-feira começamos a nos preocupar e acionamos as autoridades. Já ligamos para a polícia local, hospitais e consulados", acrescentou Cintia à reportagem. "Agora estamos aqui, contando com a ajuda dos carabineiros da polícia local, e fazendo buscas por conta própria."
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"Fizemos todas as partes burocráticas, e ontem decidimos ir para as redes sociais pedir ajuda", acrescentou. "Não vamos descansar enquanto não encontrarmos eles. É complicado, desesperador, estamos trabalhando no escuro. As coisas são devagar para quem está passando por isso."