Pecuária

Crise no Agro gaúcho é a maior da história

Os relatos vindos do Rio Grande do Sul, por mais detalhados que sejam, não captam totalmente a intensidade do desastre no estado

Por Agora Caiuá

03/05/2024 às 21:49:10 - Atualizado há
Foto: YouTube
Os relatos vindos do Rio Grande do Sul, por mais detalhados que sejam, não captam totalmente a intensidade do desastre no estado. O governador Eduardo Leite classificou a situação como a pior da história. As plantações, incluindo soja e frutas, foram devastadas. A força das águas levou lavouras, animais, máquinas e insumos. O impacto total só poderá ser calculado quando o pior passar. Até a publicação desta reportagem, o número de mortos chegava a 37, além de muitos desaparecidos, feridos e desalojados.
As chuvas intensas impedem o setor agrícola de calcular suas perdas, e as previsões indicam que o tempo chuvoso vai persistir. Amanda Sousa, meteorologista da Meteored BR, explicou ao Notícias Agrícolas que há uma nova frente fria no radar, mantendo o estado em alerta máximo.
Após três anos de secas causadas pelo La Nifia, o Rio Grande do Sul esperava uma safra de soja positiva. No entanto, com 30 a 35% da área ainda para ser colhida, espera-se uma quebra considerável na produção, com os campos alagados e as plantações submersas. Segundo fontes da agência Reuters, as perdas podem chegar a 10-15%,.
A Pátria Agronegócios informou que quase 70% da área de soja foi colhida no início da semana, mas a redução no potencial produtivo é inevitável. Tomáz Olea, presidente do Sindicato Rural de São Borja, falou sobre o sentimento de frustração no setor, dizendo: "A situação é preocupante porque enfrentamos dois anos de seca e estamos tentando receber o seguro das safras 2022/23 e 2021/22. Agora, na colheita, a chuva trouxe mais de 500 mm, o que destruiu mais de 50% das plantações de soja".
Além das perdas agrícolas, Olea mencionou estradas intransitáveis, pontes danificadas e deslizamentos de terra. A situação obriga os produtores a ampliar suas rotas em até 150 km para armazenar e secar os grãos. O presidente do sindicato também criticou a falta de diálogo com o governo federal.
Paulo Vargas, vice-presidente do Sindicato Rural de Carazinho, destacou que a situação nas regiões de várzea é preocupante, com os grãos germinando e apodrecendo. Ele ressaltou ainda os danos às estradas, erosão do solo e perdas em frutas, hortaliças e infraestrutura.
O abastecimento de alimentos e combustíveis foi afetado, com estradas bloqueadas e uma infraestrutura rodoviária insuficiente. Vargas defendeu mudanças na legislação sobre barragens e açudes para reter mais água nas propriedades e reduzir os danos causados por inundações.
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