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Queda do indicador, registrado nos últimos meses do ano passado, aconteceu em meio à disparada do dólar e à pressão do mercado financeiro por novas medidas de controle de gastos públicos. Indústria têxtil em Minas Gerais. DivulgaçãoO Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) caiu um ponto em janeiro deste ano, atingindo 49,1 pontos, informou a Confederação Nacional da Indústria (CNI).Em janeiro, a entidade consultou 1.232 empresas, sendo 469 de pequeno porte; 459 de médio porte; e 304 de grande porte, entre os dias 7 e 13 de janeiro de 2025.Iniciativa de indústria de Goiás ajuda no combate à fome e incentiva voluntariadoCom o recuo, o indicador passou a ficar abaixo da linha de 50 pontos, o que indica que os empresários estão pessimistas. É a primeira vez que isso acontece em 20 meses. A queda do indicador, registrado nos últimos meses do ano passado, aconteceu em meio à disparada do dólar e à pressão do mercado financeiro por novas medidas de controle de gastos públicos. O pacote de corte de despesas, anunciado pelo governo no fim de 2024, é considerado insuficiente por economistas para conter o crescimento da dívida pública.A pressão sobre o dólar resultou na intervenção do Banco Central, por meio de leilões de venda de divisas, no fim do ano passado — algo que derrubou as reservas internacionais em 7%, para R$ 329,7 bilhões."O pessimismo faz com que os empresários tendam a adiar decisões com relação a investimentos, aumento de produção e contratações, na expectativa de um cenário mais favorável", afirmou o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo. O ICEI é composto pelo Índice de Condições Atuais e pelo Índice de Expectativas. Em janeiro, o índice de condições atuais caiu 2,3 pontos, de 46,5 pontos para 44,2 pontos. Isso significa que a avaliação dos empresários sobre as condições atuais da economia e das próprias empresas se tornaram ainda mais negativas em relação aos seis meses anteriores. Já o índice de expectativas recuou 0,4 ponto, de 51,9 pontos para 51,5 pontos. Com isso, as perspectivas dos empresários para os próximos seis meses continuam positivas, mas isso se deve à avaliação que eles fazem das próprias empresas, uma vez que as expectativas quanto ao futuro da economia do país se tornaram mais pessimistas.