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Decisão deve ser confirmada pelo conselho da companhia e enviada para publicação nesta terça, disse ministro do Desenvolvimento Agrário. Leilão foi suspenso após suspeitas. Colheita de arrozGloboNews/ReproduçãoO ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, afirmou nesta terça-feira (25) que o diretor de Operações e Abastecimento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Thiago José dos Santos, será exonerado do cargo.A saída, quando confirmada, será mais uma consequência da suspensão do leilão de arroz importado (veja detalhes abaixo). A diretoria comandada por Santos é a responsável pelos leilões feitos pela companhia. Segundo Teixeira, a demissão deve ser referendada pelo conselho de administração da Conab ainda nesta terça e enviada para publicação no Diário Oficial da União.O ministro confirmou a saída do diretor antes de se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para tratar da próxima edição do Plano Safra – que financia a produção agrícola no país. Questionado sobre a situação de Thiago Santos, Teixeira disse que o tema está "resolvido"."O governo já resolveu isso, o próprio conselho hoje [terça] vai encaminhar", disse. Perguntado sobre o que seria "encaminhado", Teixeira confirmou que o governo vai "trocar" o diretor.Leia também:Brasil precisa importar arroz? Por que o preço subiu mais de 20% em um ano?Leilão do arroz: Fávaro minimiza falhas, fala em novas regras e diz que 'afastamento' de secretário permite investigaçãoLula diz que leilão de arroz foi anulado por 'falcatrua numa empresa' e que governo financiará produção com 'garantia de preço'Governo quer dar proteção de preço a quem plantar arroz para expandir plantação no paísBrasil precisa importar arroz? Por que o preço subiu mais de 20% em um ano?Leilão suspenso e duas demissõesSantos será a segunda demissão após o governo anular o leilão por identificar fragilidades técnicas e financeiras das empresas vencedoras. Antes, foi exonerado o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller. Segundo o site do Globo Rural, empresas sem histórico de atuação no mercado de cereais arremataram lotes no leilão. O próprio Lula reconheceu que houve "falcatrua" com as empresas envolvidas no certame.Também gerou mal-estar o fato de a Bolsa de Mercadorias de Mato Grosso (BMT) e da Foco Corretora de Grãos terem intermediado parte da venda. As empresas, que receberiam comissões pelo leilão, foram criadas em 2023 por Robson Luiz de Almeida França, ex-assessor de Neri Geller e ex-colega Santos.