O estado de São Paulo, assim como o restante do país, enfrenta um cenário econômico desafiador neste início de 2025. As projeções indicam uma inflação crescente, com o mercado financeiro elevando a previsão do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para 5,5% ao final deste ano, ultrapassando o teto da meta estabelecida pelo Banco Central.
Especificamente no setor de supermercados, a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) projeta um crescimento de 2,70% nas vendas para 2025, uma desaceleração em comparação aos 3,72% registrados em 2024. Essa redução reflete as pressões inflacionárias, altas taxas de juros e a valorização do dólar, que encarecem produtos importados e insumos agrícolas.
Entre dezembro de 2024 e janeiro de 2025, a cesta de alimentos medida pela Abras já apresentou um aumento de 1,10%. Itens básicos como carnes, laticínios e grãos têm registrado altas significativas, pressionando o orçamento das famílias paulistas.
Diante desse cenário, os consumidores podem esperar novos reajustes nos preços dos alimentos em fevereiro. Fatores como a entressafra de alguns produtos agrícolas e a persistente valorização cambial contribuem para essa tendência. Além disso, a expectativa de elevação da taxa Selic para 13,25% ao ano nas próximas reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) pode encarecer ainda mais o crédito, reduzindo o poder de compra da população.
Para mitigar os efeitos da inflação, o governo federal estuda medidas de intervenção no mercado de alimentos. No entanto, especialistas divergem sobre a eficácia dessas ações, ressaltando a importância de políticas estruturais que aumentem a produtividade agrícola e reduzam os custos de produção.
Em resumo, fevereiro de 2025 promete ser um mês desafiador para os consumidores paulistas, que deverão enfrentar preços mais altos nos supermercados e um cenário econômico incerto.